27 de setembro de 2011

"O Grande Mágico Mistério".


Esse é o nome do espetáculo que está em Cartaz no Teatro Alfa em São Paulo desde o dia 24 de setembro com a participação dos Mágicos Célio Amino e Ricardo Malerbi. 

Sinopse:

O GRANDE MÁGICO MISTÉRIO é uma peça para todas as idades. Conta a história de um menino que acha que pode encontrar todas as respostas em seu computador. Ele visita a casa do Mágico Mistério após o espetáculo e aprende com muitas perguntas que a vida é cercada de mistério.O espetáculo celebra a parceria dos mágicos Célio Amino e Ricardo Malerbi com o diretor Pedro Granato.Célio Amino apresentou seu espetáculo Além da Mágica em seguidas temporadas com reconhecimento de público e crítica. Ricardo Malerbi traz sua experiência de sucesso com o espetáculo Enquanto houver Encanto.O cenário é um espetáculo a parte: a casa de Mistério é feita de cartas em grande proporção e contém efeitos de ilusionismo que serão percebidos ao longo do espetáculo.Com muitas perguntas, o espetáculo coloca de maneira divertida e lúdica a mágica como espaço do imponderável, do que não conseguimos entender. Uma divertida provocação aos nossos sentidos.O mágico Mistério estimula um garoto a procurar perguntas ao invés de dar respostas. Porque a gravidade nos atrai? De onde vem o leite da vaca? Como começou o universo? Para onde vamos?Um espetáculo que vai estimular a curiosidade e a imaginação das crianças e seus pais. Em que todos podem se surpreender com o Mistério.



Temporada: 24 de Setembro a 27 de Novembro.
Horários
Sábados e domingos, 17h30.
Duração 50 min.
  INGRESSO
Infantil R$ 12,00
Adulto R$ 24,00
R. Bento Branco de Andrade Filho, 722 - Santo Amaro
São Paulo, 04757-000, Brasil
O Teatro Alfa localiza-se anexo ao Hotel Transamérica. Veja como chegar

Nós estivemos lá!

Fotos: Lívia e Ozcar
Cláudio Henrique, Ozcar Zancopé e Sérgio Pujol

Ricardo Malerbi e fãs

Ortega e Ricardo Malerbi

Célio Amino 

Cláudio Henrique, Lívia e Sérgio Pujol

25 de setembro de 2011

A falsa sensação de que é rápido e fácil ser Mágico.

Muitos que se iniciam na Arte Mágica têm a sensação de que são Mágicos já nos primeiros “truques” que apresentam. Diante desse entendimento, temos visto pessoas, sem o mínimo conhecimento técnico e teórico, inerentes à nossa Arte, comportando-se de forma verdadeiramente deselegante em relação àqueles que estudam e se dedicam ao trabalho profissional.
Neste artigo, proponho que façamos uma reflexão a respeito do tema para percebermos quantos desses estão à nossa volta nos incomodando e, principalmente, denegrindo a imagem do verdadeiro Mágico, ou seja, daquele que além de se comportar com elegância diante da classe, dedica inúmeras horas de estudo e aprimoramento para apresentar, de fato, efeitos mágicos e não simplesmente “truques”.
Sabemos que a mágica acontece em razão da desestruturação da lógica do raciocínio do espectador e, assim sendo, todos os números de mágica são preparados para que isso ocorra, desde que executado sem que o espectador perceba o seu “modus operandi”. Na maioria das vezes a execução de um “truque” não exige habilidades ou conhecimentos específicos e está ao alcance de qualquer interessado que, de uma forma ou de outra, tem acesso a ele.
O sucesso é imediato!
Mas quem faz o sucesso: Quem apresenta o “truque” ou o próprio “truque”?
Aqui está a chave da questão! Exceções à parte, o iniciante não agrega nenhum outro conhecimento além daquele que aprendeu para a execução do número e não se dá conta que não é ele, mas o “truque”, o verdadeiro responsável pelos aplausos. Infelizmente a freqüência desses resultados leva essas pessoas a confundirem um pouco as coisas e faz  com que apresentem um comportamento indesejável, ou seja, ficam mascarados, arrogantes, presunçosos e se julgam superiores àqueles que constroem uma carreira e que são verdadeiramente Mágicos.
Tais pessoas não se preocupam em aprimorar-se na arte e permanecem orbitando em torno dela durante um bom tempo, sempre com a falsa sensação de que são Mágicos e não percebem que não passam de meros “desmontadores de aparelhos” e que não conseguiram e não conseguirão ir além e que, ESTUDAR, é preciso.
Portanto, ser Mágico é mais que fazer “truques”. Para ser Mágico é preciso saber fazer Mágicas!

OZcar Zancopé 


Observação: O presente texto, de minha autoria, está publicado no site da The New MAGIC MARKET,www.magicmarket.com.br, sob o título "Reflexões Mágicas", para  a qual foi especialmente escrito .

22 de setembro de 2011

O que é Misdirection?

Triste -  mas engraçado. Esse é o título de um novo marcador e esta é a primeira postagem. A idéia é relatar fatos que sejam tristes na sua essência mas engraçados nos seus desfechos. Não serão postados fatos relacionados à revelação de segredos, pois além de tristes, não têm nada de engraçado, bem como serão preservadas as identidades dos seus agentes.
Sendo assim, veja esta:

Certa ocasião fui apresentado para um jovem, acredito que com idade próxima dos 17 anos que, de imediato, entregou-me seu cartão de visita e afirmou em tom bastante arrogante "eu sou mágico". Fiquei impressionado quando li o que estava escrito: "... show de mágica para  adultos, infantil, close-up, salão, buffet, empresas, clubes e hotéis". 
Não me contive e indaguei:  

-"Você, sendo mágico, deve saber o que é misdirection". 
 Imediatamente veio a resposta: 
-"claro que eu sei". 
-Então... o que é misdirection?

-"É a partner do mágico"!

21 de setembro de 2011

Como manter seus sapatos de verniz sempre brilhando!

 

Durante muitos anos usei  sapatos de verniz  e, por um longo período,  entendi que por serem de verniz não seriam necessários  outros cuidados além de passar uma flanela para mantê-los  limpos. Visão totalmente equivocada até o momento em que descobri que, com alguns  procedimentos simples, os meus sapatos poderiam ganhar melhor aparência e brilho renovado.
Então, se você usa sapatos de verniz, aqui vão as dicas para que os mesmos estejam sempre brilhando:

-Use sempre um tecido macio para limpá-los, se possível flanela e que seja nova, pois se estiver muito usada ficará áspera e poderá arranhar o verniz.
-Depois de tirado o pó, passe outra flanela levemente umedecida em água para tirar possíveis marcas.
-Com as pontas dos dedos passe uma leve camada de “óleo para bebê”. Espere alguns minutos e passe uma flanela seca para tirar o excesso. Pronto! Seus sapatos com brilho insuperável.

Nota: Poderá ser usada vaselina liquida ou óleo de cozinha, mas o “óleo para bebê” é o mais recomendado por ser super filtrado e ter perfume agradável.
Entretanto, alguns outros cuidados devem ser observados para que os seus sapatos tenham sempre aparência de novos:

1 – Transportá-los dentro da caixa. Nunca soltos ou em sacos.
2 – Calçá-los somente no momento de entrar em cena, evitando topadas e esfregões.
3 – Não dirigir usando os mesmos.

Observação: Caso não use sapatos de verniz, lembre-se que todo artista é foco de atenção,  que os sapatos fazem parte da sua aparência e que o  público lhe observa   da cabeça aos pés. Portanto, tê-los sempre apresentáveis, sem poeira e bem lustrados poderá ser o diferencial. 
OZcar Zancopé 

16 de setembro de 2011

A primeira mágica a gente nunca esquece!

Será verdadeira a afirmação do título? Uma reflexão sobre este tema será muito importante para possibilitar a compreensão de como nos esquecemos da primeira, ou melhor, das primeiras mágicas que aprendemos. Não me refiro às lembranças dos seus nomes, dos seus efeitos, etc., e sim de quantas vezes elas fazem parte das suas rotinas atuais. Com freqüência recebo solicitações de ex-alunos sobre sugestões de números para incorporarem às suas rotinas e fico surpreso quando pergunto sobre os números que foram ensinados durante o curso e constato, com tristeza, que nenhum deles faz parte dos seus repertórios. Que pena!
Quais serão as razões que nos levam a desprezar números clássicos da Arte Mágica, com garantia de absoluto sucesso, somente por serem os primeiros números que aprendemos?
Minha proposta não é a de que não devamos buscar outras possibilidades, até porque entendo que quanto maior for o repertório, maiores serão as chances de trabalho para um mesmo público, por exemplo, em apresentações em navio, durante um cruzeiro marítimo, uma casa noturna, onde a maioria dos clientes é habitual, e por aí vai...
Se aparece um contrato desses, o desespero toma conta, “não tenho números”, “o que é que eu faço?”, etc. O primeiro número ou os primeiros números não são lembrados. De novo, que pena!
Muitos mágicos passam a vida inteira sem se apresentar por “não terem rotina”, sempre achando que não têm números, mas lembrar-se da primeira ou das primeiras mágicas que aprenderam e incorporá-las às suas rotinas é quase que impossível.
Dê uma olhada no seu “baú” e busque por aquelas mágicas do início do seu aprendizado. Tenho certeza que você vai se surpreender com o que encontrará e agora que o seu domínio das técnicas é maior, que a sua compreensão da estrutura de uma rotina de apresentação é muito mais consistente, suas apresentações, seguramente, estarão mais próximas da compreensão proposta nestas “Reflexões Mágicas”.
Evoluir é a ordem! Continuar adquirindo novos equipamentos também deve fazer parte do seu ideal profissional, mas lembrar-se de que tem muita coisa boa, e de qualidade, esquecida, também deverá ser a ordem.
Um grande abraço e votos de sucesso sempre e que “A primeira mágica você nunca esqueça!”.  


OZcar Zancopé 


Observação: O presente texto, de minha autoria, está publicado no site da The New MAGIC MARKET,www.magicmarket.com.br, sob o título "Reflexões Mágicas", para  a qual foi especialmente escrito .

7 de setembro de 2011

O segredo é a alma do negócio!?

Eu era criança e já ouvia dizer que “o segredo é  a alma do negócio” e que o comércio, a indústria, os laboratórios, as escolas de samba, etc., guardavam a sete chaves segredos que, se descobertos pelos concorrentes, poderiam colocar em risco o sucesso de alguns dos seus produtos, máxima que  permanece até os dias de hoje. Constantemente vemos as indústrias de refrigerantes enfatizando o segredo de suas fórmulas objetivando a manutenção de  sua hegemonia no mercado consumidor.
Recentemente, na Capital de São Paulo foi patrocinado, pela Prefeitura, um concurso para eleger o melhor pastel de feira da cidade. A partir do dia seguinte à apuração, a barraca vencedora passou a atender um número maior de clientes e, consequentemente, viu seu faturamento crescer substancialmente. Em entrevista, o vencedor do concurso, após ser perguntado sobre quais  teriam sido as razões do seu sucesso, respondeu  “ é uma receita de família, aprimorada durante anos. Não posso contar, pois o segredo é a alma do negócio”.
Ora, se todos preservam os segredos dos seus negócios, imaginemos, então, a responsabilidade de cada um de nós, profissional ou amador,  para que a Arte Mágica seja preservada e continue encantando através dos seus efeitos  que, só encantam,  pelo desconhecimento do público da sua essência, ou seja, o segredo. Sem segredo não há mágica!
Torna-se incompreensível, então, a quantidade expressiva de “mágicos” que se sujeitam aos programas televisivos  que só dão a oportunidade de atuação se estiver incluída a revelação dos segredos das mágicas apresentadas ou de “pelo menos uma”, mas revelar é necessário. Buscando pela fama, não se preocupam em revelar segredos da Arte  que, muitas vezes, é a fonte dos  ganhos para o seu sustento e o da sua família. É importante, também, nos lembrarmos que uma quantidade expressiva de pessoas depende da sobrevivência da Arte para continuar trabalhando: Artistas, Fabricantes, Comerciantes, etc.   Outros, sem o menor escrúpulo e sem o menor sentido, mostram, descaradamente, através da Internet, segredos  que são exclusivos da Arte Mágica.
Será que esses “mágicos” têm talento suficiente para se apresentarem  unicamente atuando como artistas? Seriam lembrados se não se submetessem às exigências das revelações?
Os pasteis, os refrigerantes, os medicamentos, continuarão sendo fabricados e comercializados e as escolas de samba continuarão desfilando mesmo que não haja segredos, mas na Arte Mágica se não houver segredo não haverá Mágica.
Reflitamos: O Segredo é, de fato, a Alma do Negócio?
Em Arte Mágica sim. Sem segredo não há Mágica!


OZcar Zancopé 

1 de setembro de 2011

A importância da escolha do nome artístico (pseudônimo).

Dentre as várias preocupações que o ARTISTA MÁGICO deve ter quando da criação do seu personagem, destaca-se uma que considero de extrema importância e que deve merecer atenção especial por parte daquele que pretende seguir a carreira comercialmente. Trata-se da definição do nome que adotará como pseudônimo ou nome artístico, como é mais conhecido.
No início da minha carreira, em meados de 1961, a corrente dominante no nosso meio era de que o pseudônimo deveria ser definido prioritariamente e escolhido o mais diferentemente possível do nosso próprio nome.
Nunca consegui saber a origem dessa cultura, embora tenha aprendido através do estudo da História da Humanidade e também da Arte Mágica que o preconceito existente em épocas mais remotas, principalmente familiar e religioso, fez com que cultuadores das mais diversas artes escolhessem nomes tão diferentes dos seus que se tornava, quase impossível, a ligação do nome à pessoa.
Embora alguns mágicos tenham sido felizes nessa escolha, outros, porém, já não tiveram a mesma sorte e, por conseqüência, não tiveram a projeção necessária devido, em grande parte, pela sua excentricidade, dificuldade de memorização ou mesmo simpatia por parte do grande público.
Com a ampliação do mercado de trabalho e o conseqüente aumento da concorrência, juntamente com a evolução cultural da sociedade, verifica-se, atualmente, tendências diferentes daquelas do passado e a escolha do nome artístico passou a ter um peso muito maior do ponto de vista comercial.
Tal tendência acentua-se no Brasil a partir de meados dos anos 80, quando vários mágicos, entre eles alguns já bastante consagrados, conscientes dessas necessidades, fazem a mudança do nome artístico objetivando melhores possibilidades de penetração e fixação no mercado de trabalho.
De um modo geral a escolha quase sempre recaiu para o uso do próprio nome. Entretanto, em pouco tempo, começaram as coincidências de nomes e isso acabou exigindo, também, na maioria dos casos, a agregação do sobrenome e, assim sendo, a escolha do nome artístico para o mágico brasileiro (o que já acontecia e continua acontecendo em outras partes do mundo), toma uma nova dimensão e passa a exigir maiores cuidados.
Portanto, no momento em que tiver que decidir sobre o nome que irá adotar para o seu personagem mágico, lembre-se que todo bom produto tem que ter uma boa marca, que seja de fácil memorização, e que com você não deverá ser diferente se a sua intenção for firmar-se no mercado consumidor.
OZcar Zancopé 

Observação: O presente texto, de minha autoria, está publicado na Revista Magi, edição nº 14 de setembro de 2004, para a qual foi especialmente escrito. www.revistamagi.com.br