Este assunto, vira-e-mexe, é objeto de conversas entre mágicos e, por mais que se discuta, continua dando o que falar.
Recentemente, ao informar para uma amiga, proprietária de um bufê infantil, sobre o meu Blog, ela me disse: “Tenho um assunto muito sério para você tratar no seu Blog”, e se referiu ao comportamento de alguns mágicos (embora tenha feito referência a outros prestadores de serviços) que, “contratados para prestarem serviços, esquecem-se de que não são convidados da festa e comportam-se como se fossem. Comem muito... E com isso acabam interferindo no andamento da rotina de serviços da casa, constrangem os convidados e também os contratantes”.
Trabalhei em muitas festas e sempre me destaquei por ter uma postura respeitosa em relação a esse assunto. Tínhamos, eu e minha equipe, muito cuidado com isso justamente por entendermos que estávamos ali para prestar um serviço e já chegávamos alimentados, poupando, assim, nossos contratantes dessa preocupação.
Pode não parecer, mas quem está oferecendo uma festa e contratando um mágico, com raríssimas exceções, espera que ele apresente seu Show, receba e vá embora. Tenho ouvido relatos de alguns mágicos que dizem que “cliente se ganha depois do Show” e ficam até o final da festa bebendo e comendo, como se fizessem parte do grupo de convidados. Outros comentam que o “melhor do Show é o que vem depois”, ou seja, a comilança, ou então, “comer, beber e ganhar a dona da festa”.
Será que comportamentos dessa ordem garantem trabalhos futuros? Pensemos nisso.
Quando eu ainda atuava, ouvia com frequência, de gerentes de bufês, que quando um determinado mágico era contratado precisavam incluí-lo na nota fiscal como mais um convidado, tal era o “tamanho” do consumo, como também, alguns que levavam a esposa e os filhos, que não atuavam, “mas comiam muito”, igualmente incluídos na nota fiscal.
Não são raros os bufês, bem como os demais contratantes, que deixam de indicar o trabalho de mágicos que agem assim.
Na Palestra “ A Mágica como Profissão”, quando discorro sobre o mercado de trabalho abordo o tema com o objetivo de despertar uma consciência voltada para a manutenção da clientela e, consequentemente, constância de trabalho , lembrando, porém, não tratar-se do único comportamento responsável para o atendimento dessas necessidades. Nos meus trabalhos de Consultoria, igualmente, enfatizo a importância de condutas que valorizem uma postura profissional e façam com que o cliente perceba isso. A diferença, também, pode estar aí!
Portanto, reflitamos sobre todas as possibilidades que temos, enquanto Artista Mágico, para nos consolidarmos num mercado de trabalho extremamente competitivo, e que condutas devemos adotar para que isso aconteça. Talvez, uma delas, possa ser a modificação de um comportamento como o tratado aqui.
OZcar Zancopé
OZcar Zancopé
Estou com você Ozcar!
ResponderExcluirQuer ganhar o cliente depois do show?
Então faça um bom show!
Alem disso, o mágico pode, posteriormente, enviar uma carta para a cliente dizendo que foi bacana se apresentar em sua festa, por exemplo.
Ps. Esta dica está no livro "Abracadabra - Marketing para Mágicos" do Plinio.
Um abraço!
Caetano Miranda
Ozcar,
ResponderExcluirÉ impressionante como tem gente sem noção, não é?
No mundo dos músicos que tocam em bares e restaurantes, o jantar (ou lanche) e bebidas free fazem parte do acordo contratante-artista. Talvez seja por isso que alguns mágicos se sentem no direito de filar uma "bóia" após os shows.
O ideal é não misturar as coisas e deixar o local após a apresentação. Se o anfitrião convidar para comer e beber, o mágico pode até aceitar, mas ainda assim eu prefiro manter certa distância e evitar a má interpretação por parte de todos aqueles que não sabem do convite e consideram o ato como "cara de pau".
E como bem lembrou o Caetano (obrigado pelo "jabá" do livro, rsrsrs...), há formas muito melhores e mais profissionais de vender os próximos shows.
Abraços,
Plínio Tomaz