Claro que qualquer pessoa pode produzir equipamentos de mágica, porém aspectos importantes devem ser levados em consideração e eu gostaria de propor para que reflitamos sobre o tema, tema esse que vem chamando muito a minha atenção.
Geralmente, quando se inicia na Arte Mágica, com algumas exceções, o começo se dá com a aquisição de equipamentos fabricados especialmente para que produzam o efeito mágico para o qual foram concebidos. Nesse momento o que mais importa, para o iniciante, é o sucesso que o número faz, ficando em segundo plano o preço pago pelo mesmo. Passado algum tempo, os valores começam a chamar a sua atenção e, inevitavelmente, começam as comparações entre o que foi pago e o material que foi empregado, e aí, o seu interesse é despertado para a fabricação dos próprios equipamentos, não demorando muito para acreditar que poderia "ganhar um dinheirinho vendendo mágicas".
Assim sendo, algumas pessoas estudiosas e conhecedoras dos princípios que norteiam a arte e que têm habilidades em outras áreas, como por exemplo, cartonagem, marcenaria, mecânica, etc., enveredam-se nesse universo e conseguem ir adiante.
Entretanto, sempre haverá o entretanto, outras que, além de não serem estudiosas e não terem o embasamento teórico necessário, como, também, habilidades em outras áreas, acabam produzindo equipamentos incapazes de fazer com que o público veja, de fato, um número de mágica. Ora, se o que buscamos no exercício da nossa Arte é a provocação do assombro , nesses casos, nunca ocorrerá. Inúmeros são os problemas, oriundos de uma má formação teórica, visíveis em muitos dos equipamentos disponíveis para venda através da internet. Tais "fabricantes", sem aterem-se às necessidades de um planejamento técnico do número, deixam de lado os cuidados com as medidas, formas, cores, etc.,
Outra grave questão está na cópia, sem o menor respeito pelo seu criador e sem o menor pudor ético.
Todos sabemos que se houver lógica, não haverá mágica, sendo assim é fácil compreender que a aparição de um pombo, por exemplo, em uma caixa onde poderiam caber vários deles, não provocará espanto ou assombro. Haverá mágica quando a indagação for: "Como saiu tudo aquilo de dentro daquela caixa". Fica claro, então, que as proporções são importantíssimas!
Há que se pensar, também, na falta de cuidados com relação às cores dos equipamentos. A Arte Mágica tem cores e combinações próprias que permitem que um equipamento seja reconhecido como sendo de mágica e, na maioria da vezes, o ar de mistério intrínseco nele.
Ressalto que, ao comprar um equipamento, o MÁGICO busque conhecer a origem da sua fabricação, não levando em consideração apenas preço, mas sim qualidade e "currículo" do produtor.
Portanto, para ser um FABRICANTE, não basta apenas fabricar, mas fabricar de acordo com as regras impostas pela ARTE, ser ético e original, e assim produzir equipamentos que possam permitir aos seus executantes o atingimento do almejado sucesso.
OZcar Zancopé
Nota: Este tema foi desenvolvido e abordado por mim no meu quadro "Por Dentro da Mágica", do Programa Truques e Ilusões de 12/05/2015, sob a Direção, Produção e Apresentação do Mágico Karpes, transmitido todas as terças feiras, às 21h00, pela TV Cinec: http://www.tvcinec.com.br/
Nota: Este tema foi desenvolvido e abordado por mim no meu quadro "Por Dentro da Mágica", do Programa Truques e Ilusões de 12/05/2015, sob a Direção, Produção e Apresentação do Mágico Karpes, transmitido todas as terças feiras, às 21h00, pela TV Cinec: http://www.tvcinec.com.br/
Muito bom Ozcar!
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