17 de julho de 2013

O futuro da Arte Mágica será eletrônico?


Cada vez mais vemos a adesão de novos adeptos à chamada magia eletrônica, alguns até se intitulando "Tecnoilusionista", porém gostaria de propor uma pequena reflexão sobre o tema com o objetivo de que nos seja possível compreendermos até que ponto se está fazendo Mágica, ou melhor, Arte Mágica, de acordo com os preceitos inerentes à esta.

Estudamos que só haverá Mágica se não houver um entendimento lógico, por parte do espectador, do "modus operandi" na execução de um número. Entretanto, com relação aos muitos "efeitos" apresentados com iPods, SmartPhones, Tablets, Mesas Multimídias, etc., o que constatamos é que são possíveis de serem entendidos por quem assiste uma dessas apresentações. Embora o espectador não saiba como o programa é construído, ele sabe que o mesmo foi desenvolvido para que o efeito aconteça.
Portanto, para que números de magia eletrônica possam ser considerados "efeitos mágicos" é necessário que haja  a desestruturação da lógica do raciocínio de quem os assiste. Que efeitos são esses? Os que possam transformar o que é virtual em real, ou vice versa.
Não é tão simples como parece! Também nessa modalidade de magia será necessário que seu executante tenha conhecimento das técnicas envolvidas  (manipulação, misdirection, time, etc.),  e que as mesmas  devem ser estudadas e treinadas. Conclusão: Para apresentar efeitos de magia eletrônica é necessário que seu executante seja MÁGICO!
Felizmente presenciamos uma grande e rápida evolução no desenvolvimento de efeitos originais, bastante sofisticados, e que dão uma clara demonstração pública de que a Arte Mágica está em constante sintonia com a modernidade. Estamos engatinhando, mas caminhamos numa direção bastante significativa de evolução.
Não está longe, visto a grande quantidade de adeptos dessa nova modalidade, o momento em que os Congressos terão que abrir uma nova categoria para julgamento: "TECNOMAGIA" 
OZcar Zancopé  


Nos vídeos abaixo, brilhantes apresentações de "TECNOMAGIA" do Mágico Brasileiro "ED", do Alemão "Simon Pierro" e do Francês "Jean Garin"

Mágico ED


Mágico Simon Pierro



Mágico Jean Garin

Nota: Este tema foi desenvolvido e abordado por mim no meu quadro "Por Dentro da Mágica", do Programa Truques e Ilusões de 19/02/2013, sob a Direção, Produção e Apresentação do Mágico Karpes,  transmitido todas as terças feiras, às 21h00, pela TV Cinec:  http://www.tvcinec.com.br/

3 comentários:

  1. Olá Ozcar, tudo bem? li seu artigo, gostei bastante e acho que até comentamos sobre isso uma vez. Concordo que deve haver uma união do real e o virtual, no sentido de que a pessoa que faz as "mágicas" deve ser um mágico (utilizando técnicas do ilusionismo).
    Penso também que com o tempo a tecnologia fará parte do segredo, ou seja, escondida, em segundo plano, longe da consciência do público.
    Outro ponto é como usamos a tecnologia como ferramenta e ao mesmo tempo nos tornamos reféns da tecnologia, da mesma maneira que nos tornamos muitas vezes reféns de efeitos mágicos novos ou tantas outras coisas que compõe a nossa arte.

    http://www.youtube.com/watch?v=zoS4FaQd2iU
    Neste vídeo acima, vale a pena assistir um trecho sobre tecnologia aos 7:42, para mim ele é um Gênio da era moderna, Mario Sergio Cortella.

    Uma ótima noite a todos,
    O Mágico Gaitista Nicola Sena

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  2. Parabéns pelo texto Oscar, você falou tudo. Sempre em meus numeros a tecnologia entra como um acessorio, porem sem tecnica e habilidade os numeros não poderiam ser feitos. Jamais vou apresentar uma mágica onde o aplicativo faça tudo.
    abs
    Ed

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  3. Marco Tempest se auto intitula cybermagician...vale a pena dar uma olhada no trabalho dele.

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